Sobre a impermanência da vida


    Há um conceito no budismo que fala sobre a impermanência das coisas: 'nada é fixo e nem permanente'. Que bom que as coisas não são as mesmas para sempre. Que bom que podemos rever conceitos, aprender coisas novas, mudar de opinião. Os planos mudam, as prioridades também. O que antes era verdade absoluta, hoje já não faz mais sentido.

    Heráclito já havia mencionado isso quando afirmou que ninguém pode se banhar duas vezes no mesmo rio, tendo em vista que as águas do rio não serão as mesmas e a pessoa também não. Lewis Carrol, em sua obra mais notória, Alice no País das Maravilhas, também ressalta esse conceito no diálogo entre Alice e a Lagarta, quando essa pergunta para a menina quem era ela e ela responde que não sabe, pois havia passado por muitas mudanças naquele mesmo dia.

    E quem somos nós? Tal qual Alice, não temos uma resposta fixa para essa pergunta, porque a vida muda e nós mudamos também. Somos a soma de todas as situações que já vivenciamos, e, como cada dia vivenciamos e aprendemos coisas novas, podemos dizer que somos seres mutantes. Somos a metamorfose ambulante cantada por Raul Seixas. 

    Mudar de opinião, gosto musical, gosto literário, gostos no geral, faz parte do nosso ser, do nosso amadurecer. A resistência a mudanças é algo que nos traz sofrimento e dor. Esteja aberto às mudanças.

Tudo é temporário. Tudo é passageiro. 
O que não muda é a certeza de que tudo muda


2 comentários

  1. Bem vinda de volta, fico feliz que você voltou a escrever coisas que sei que você tanto gosta, quanto ao texto somos seres em constante mudança mas sempre teremos nossa essência mesmo que nossa essência seja mudar e se adaptar.

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