Moana – A princesa que não é princesa.




Moana é a mais recente animação produzida pela Disney e dirigida por Ron Clements e John Musker, os mesmo diretores de dois outros clássicos da Disney que eu amo: “A Pequena Sereia”“Aladdin”. No Brasil o filme estreou no dia 05 de janeiro e ganhou o subtítulo “Um mar de aventuras”.

O filme conta a história de Moana Waialiki, uma garota de 16 anos, filha do chefe de uma tribo da Polinésia, que possui um grande fascínio pelo mar. Ela sonha em explorar o oceano e se tornar uma grande navegadora, mas é impedida pelo seu pai que a prepara para ser sua sucessora e tenta convencê-la de que na ilha em que eles vivem tem tudo que ela e seu povo necessitam para sobreviver.

Contrariando o que seu pai pregava, sua tribo começa a passar por problemas com os alimentos - os peixes somem e os cocos começam a apodrecer. Como futura líder, Moana sugere que seu povo parta para além dos recifes em busca de alimento, porém mais uma vez é impedida pelo seu pai.



Se por um lado o pai de Moana a impede de explorar o mar, por outro lado sua avó Tala a incentiva a ouvir o chamado do oceano, que a escolheu desde muito pequena para realizar uma grande missão.

A vovó Tala é uma personagem fundamental na trama. É com a ajuda dela que Moana descobre que seus antepassados eram grandes navegadores e que seu próprio pai teria sido um grande desbravador do oceano. E é após a morte de Tala que Moana finalmente decide embarcar em uma jornada para salvar o seu povo. A relação entre as duas, mesmo após a morte de Tala, constitui um dos momentos mais emocionantes do filme.



Para salvar o seu povo Moana precisa devolver o coração de Te Fiti, uma deusa com o poder de criar vida, que havia sido roubado pelo semideus Maui. Ela tem que fazer isso com a ajuda do próprio Maui e, por este motivo, faz de tudo para convencê-lo a embarcar nessa aventura junto com ela. 

      No inicio Maui desconfia da coragem e determinação de Moana, pensa que ela é apenas mais uma princesinha indefesa. Mas com o passar do tempo ele percebe que a garota está mesmo determinada a salvar seu povo e passa a ajudá-la. A relação entre os dois é bastante cômica. Eles implicam bastante um com o outro, mas isso se deve ao fato de os dois possuírem personalidades fortes.  


Moana é uma princesa que foge dos estereótipos de princesa que estávamos acostumados. Pra começar, ela mesma não aceita o rótulo de princesa, não precisa de um ‘príncipe’ para lhe resgatar e não vive nenhuma história de amor. Moana é totalmente independente, forte, destemida, determinada e, porque não, empoderada. Uma ‘girl power’ que serve  de exemplo para muitas garotas, e garotos também.

Além das caraterísticas psicológicas, a personagem também traz características físicas que a distingue das outras princesas. Moana tem a pele morena, corpo torneado e cabelos cacheados. A representatividade que a personagem traz é notável.



Uma coisa que chama atenção no filme são os cenários que, de tão realistas, às vezes dão a impressão de que estamos assistindo a um live-action. O oceano está perfeito, tão real que constitui um personagem na trama. Outra coisa que também chama atenção são os cabelos das personagens que possui movimento e aparência de cabelos reais. Os cabelos de Moana parecem possuir vida própria.

Como todo filme da Disney, Moana é bastante emocionante, cheio de aventuras, cenas de superação e algumas cenas engraçadas. O humor do filme fica por conta do galinho Heihei, das tatuagens de Maui, que funcionam como uma espécie de consciência dele e da própria relação entre Moana e Maui. A trilha sonora do filme é um show a parte. Repleta de músicas lindas e emocionantes que engrandecem ainda mais o enredo.

Confesso que não estava muito entusiasmada para assistir a esse filme, mesmo sendo uma grande fã Disney. E isso foi muito bom, pois o filme superou todas as minhas expectativas. O filme é lindo, fofinho (créditos para a Moana Baby) emocionante, engraçado, representativo e Moana é a melhor princesa que não se considera princesa. Já quero ser ela.

Para terminar eu deixo essa imagem da Moana Baby. *----*


Soppy – Amor nos pequenos detalhes



 Lançado no Brasil em 2016, o livro foi escrito e ilustrado pela artista Phillippa Rice e traz tirinhas que apresentam os detalhes do dia a dia de um casal que decide morar junto. 
Para criar as ilustrações, Phillippa baseou-se em sua história com o namorado Luke Pearson, a quem dedica o livro.

O livro traz situações diversas do cotidiano de um casal, tais como fazer compras no supermercado, assistir televisão juntos, dormir de conchinha ou discuti por algum motivo bobo e depois fazer as pazes. São situações corriqueiras de um relacionamento real abordadas de forma sutil e engraçada, sem nenhum tipo de romantização.

Após algumas pesquisas eu descobri que a palavra “soppy” pode ser traduzida como sentimental ou piegas o que demonstra o tom divertido da autora para abordar o amor. Segundo a autora, o livro é uma espécie de diário ilustrado que relata seu próprio relacionamento e o de tantas outras pessoas. 






A cumplicidade, o respeito e a paixão, características bem marcantes no trabalho da autora, mostram que o amor está realmente nos pequenos detalhes. Amei o livro e me identifiquei muito com as situações abordadas. Tenho certeza que muitos irão se identificar também. =)

07/01 - Dia do Leitor!



Um leitor vive mil vidas antes de morrer, o homem que nunca lê vive apenas uma. George R. R. Martin