A história do livro acontece na Alemanha, durante a segunda
guerra mundial, período onde Hitler estava no poder e o Nazismo estava no seu
auge. A narrativa é bem sutil, pois é feita a partir do ponto de vista de
Bruno, um menino de nove anos que não sabia o que estava acontecendo no seu país naquela época tão conturbada.
Bruno morava com seus pais e sua irmã
mais velha, a qual chamava de “Caso Perdido”, em Berlim. Era um menino muito
esperto e adorava explorar e se aventurar na sua enorme casa. Seus
melhores amigos eram Karl, Daniel e Martin, e eles sempre estavam se divertindo
juntos.
O pai de
Bruno era um soldado Nazista, mas ele e sua irmã não sabiam disso. Por essa
razão, toda família de Bruno teve de se mudar. Eles passaram a viver ao lado de
um dos maiores campos de concentração erguidos durante a Segunda Guerra Mundial, o de Auschwitz,
na Polônia. Bruno não entendia o porquê de trocar a casa que ele tanto adorava
em Berlim por uma outra menor e sem tanta diversão. Ele sentia muita falta dos
seus amigos e dos seus avós.
“Há pessoas que tomam todas as decisões em nosso nome. ”
Da janela do quarto, Bruno pôde ver uma cerca, e,
para além dela, centenas de pessoas que, segundo Bruno, usavam pijama. Bruno
ficou curioso para saber sobre as pessoas do outro lado da cerca e resolveu
explorar a área. É foi aí que ele conheceu Shmuel, o menino Judeu do outro lado
da cerca e que, curiosamente, nasceu no mesmo dia que ele.
“”Somos como gêmeos”, disse Bruno. ”
Os dois meninos iniciaram uma amizade pura e inocente, ambos não sabiam o que
estava acontecendo, ambos queriam descobrir. Bruno passou a visitar Shmuel
sempre que podia e geralmente levava comida para ele.
“”Por que há tantas pessoas do seu lado da cerca?”, perguntou
Bruno. “E o que vocês estão fazendo aí?””
Certa vez Shmuel contou para Bruno que seu pai havia desaparecido e Bruno
decide ir para o outro lado da cerca ajudar seu amigo a encontrar o seu pai. É
aí que acontece uma tragédia.
A narrativa é bem simples, sutil, inocente e intensa. O que
aconteceu no final me fez chorar, para variar. Também me fez refletir sobre
aspectos importantes como o preconceito e a verdadeira amizade. Bruno era uma
criança, um ser inocente, que não mediu esforços ao saber que seu amigo estava
precisando de ajuda. Mesmo sem entender, ele atravessou a cerca e foi de
encontro ao desconhecido só para ajudar uma pessoa que considerava muito. Uma
verdadeira, bonita e comovente amizade, livre de preconceitos.
No ano de 2008 foi lançado o filme baseado no livro. O filme é tão intenso
quanto o livro e vale muito a pena assistir. Eu chorei bastante. Se você for
sensível também, prepare o lencinho. Mas garanto que vai valer a pena pois é um
filme/livro fascinante.
“Não torne as coisas piores, pensando que dói mais do que você
realmente está sentindo.”
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